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A planta da canábis produz centenas de constituintes químicos — desde canabinoides e terpenos até flavonoides e lípidos. Entre estes, os fitocanabinoides [phyto = grego (φυτό) para "planta"] são os mais singulares. Não são todos exclusivos da planta canábis, mas a espécie contém algumas das concentrações mais elevadas destes compostos.
Como estas moléculas são produzidas em plantas — e não no corpo humano ou num laboratório — são mencionadas como fitocanabinoides, doravante mencionados simplesmente como canabinoides. Os humanos utilizam os canabinoides há centenas de anos para vários fins — espiritual, terapêutico e recreativo.
Uma utilização tão prolongada e consistente reflete o quão valiosas estas moléculas são. A ciência moderna examinou e estimulou muitos canabinoides em busca de hipotéticos usos terapêuticos e industriais. Decorridas apenas algumas décadas de estudo, os investigadores identificaram mais de 100 canabinoides apenas na planta da canábis.
Os estudos em células, animais e humanos descobriram, em parte, como é que estes químicos funcionam no corpo. A identificação do sistema endocanabinoide revela como os canabinoides podem imitar as moléculas reguladoras (endocanabinoides) produzidas nos nossos próprios corpos. Estas descobertas abriram o caminho para compreender como é que estas moléculas produzem os seus efeitos.
Talvez o canabinoide mais conhecido, o THC produz a moca psicoativa associada à marijuana. No entanto, os investigadores também descobriram que este canabinoide singular sustenta a promessa de suavizar as dores físicas, perturbações estomacais e fraco apetite.
A canábis também oferece muitos canabinoides não-psicoativos. Por exemplo, a investigação descobriu que o CBD produz um amplo conjunto de efeitos positivos no corpo. Devido a isto, o CBD tornou-se um suplemento extremamente popular, utilizado para apoiar a homeostase (equilíbrio interno).
O THC e o CBD são os canabinoides predominantes na maioria dos cultivares modernos. No entanto, há outros canabinoides menos abundantes que também demonstraram efeitos promissores no contexto das investigações efetuadas. O CBG, CBN, CBC, THCV, CBDV, entre outros, exibiram uma ampla gama de efeitos.
Os canabinoides também aparecem noutras plantas do reino vegetal. O apelidado "canabinoide dietético”, cariofileno — um terpeno também sintetizado na canábis — pode ser encontrado na pimenta preta, lúpulo, erva-cidreira, cravo-da-Índia e alecrim. O cariofileno é considerado um canabinoide porque interage com o recetor CB2 do sistema endocanabinoide. Os canabinoides que influenciam o outro principal recetor canabinoide, o CB1, estão presentes na Salvia divinorum, cenoura, kava, hepáticas neozelandesas e maca-peruana.
As plantas produzem canabinoides como metabolitos secundários. Estes não estão diretamente envolvidos no crescimento, desenvolvimento ou reprodução. Ao invés, ajudam as plantas a sobreviver defendendo-as contra espécies de pragas e temperaturas extremas.
As plantas de canábis produzem canabinoides em pequeníssimas glândulas em forma de cogumelo, designadas por tricomas. Estas estruturas translúcidas também produzem outros metabolitos, tais como os aromáticos terpenos. A série de reações químicas que cria os canabinoides é designada como biossíntese do canabinoide.
O processo inicia-se quando a coenzima A e os ácidos gordos convergem. Isto dá lugar a uma série de reações químicas que formam eventualmente o CBGA e o CBGVA — dois dos principais precursores canabinoides. As reações enzimáticas convertem estas moléculas em diferentes canabinoides. Por exemplo, a sintase da enzima THCV transforma o CBGVA e CBGA em THCV. Em contraste, a sintase da enzima CBDA converte estas moléculas no CBDA.
Toda esta magia ocorre principalmente em flores de canábis visualmente deslumbrantes e aromaticamente aprazíveis. Eventualmente, os tricomas expelem canabinoides e outros metabolitos sob a forma de uma resina viscosa. Os produtores utilizam depois esta resina para produzirem um vasto conjunto de produtos, desde óleo e outros extratos até cristais e cosméticos.
Os canabinoides são metabolitos secundários encontrados na planta da canábis e em algumas outras espécies. Estes funcionam de forma a manter as plantas de canábis saudáveis, e a ciência também revelou o seu potencial terapêutico nos humanos. Até agora, só estudámos aprofundadamente um número reduzido destas moléculas interessantes. A investigação continuará a desenrolar-se para elucidar todo o valor da canábis e doutras plantas que produzem canabinoides.